Vale lembrar que os cetáceos estão sobre proteção legal no Brasil. Portanto, a primeira ação que deve ser tomada é notificar as autoridades e especialistas locais o registro do encalhe, tanto de animais vivos quanto de animais mortos.
encalhe morto
· Cetáceos mortos
1. Procure elaborar uma boa descrição do animal e das condições do encalhe
2. Se possível, tire fotografias do animal encalhado, principalmente da cabeça, nadadeiras peitorais, dorsal e caudal, além de uma vista lateral do corpo. Fotografe qualquer marca no corpo do animal, como por exemplo feridas, machucados, cicatrizes, marcas de rede de pesca e parasitas
3. Preencha a ficha em anexo, procurando incluir o maior número possível dos dados solicitados. Em caso de encalhe em massa, deve ser preenchida uma ficha para cada animal em trabalho voluntário junto aos especialistas
4. Lembre-se que todo o cuidado deve ser tomado para evitar uma possível contaminação, pois não se sabe a causa da morte do animal. Use sempre lulas (do tipo cirúrgico) e lave bem as mãos com desinfetante
5. Colabore no controle de curiosos, para evitar danos e mutilações ao corpo do animal morto, pois esse é de grande interesse para a pesquisa científica.
6. Avise aos pesquisadores e se possível, aguarde sua chegada junto ao corpo do animal.
encalhe vivo
· Cetáceos vivos
O tempo entre a descoberta do cetáceo encalhado vivo e a chegada do time responsável, pode ser utilizado por voluntários para aliviar o estresse e melhorar as chances do animal sobreviver. Todo animal encalhado vivo encontra-se estressado e necessita de socorro. O fundamental é prevenir outras injúrias e manter o animal confortável, minimizando o sofrimento.
Primeiros Socorros -
1. Contatar os especialistas o mais rápido possível e aguardar sua chegada junto ao animal. Informe-os sobre que tipo de cetáceo encontra-se encalhado - baleia, boto ou golfinho - as condições do animal e o número de animais envolvidos, para que já seja providenciado o suporte logístico necessário.
2. Se pequeno, o animal deve ser colocado em uma posição estável, com o ventre voltado para baixo e devem ser cavados buracos na areia para acomodar suas nadadeiras peitorais e caudal, de forma que esse não fique apoiado sobre suas nadadeiras peitorais
3. O animal deve ser colocado fora da zona de maré e protegido contra lacerações que podem ser infringidas por pedras ou conchas
4. Remover a areia e água acumuladas em seu orifício respiratório
5. Fazer um abrigo simples para manter o animal à sombra. Pode ser com uma lona ou uma toalha apoiada em algumas estacas
6. Manter o corpo do animal úmido. Aplique toalhas ou panos de cores claras, encharcados com água do mar sobre o corpo do animal. As toalhas ou panos devem ser claras pois cores escuras absorvem muito calor
7. Não obstrua o orifício respiratório (situado no alto da cabeça) com panos ou outros objetos
8. Aplique lanolina ou vaselina nas áreas expostas ao sol
9. Coopere no controle de ruídos e no afastamento de curiosos. Se preciso, solicite ajuda da autoridade policial
10. A noite, não permita que luzes ou flashes sejam acionados diretamente sobre os olhos do animal
Lembre-se:
Mové-lo, libertá-lo e/ou transportá-lo são tarefas que devem ser realizadas pelo pessoal especialista no assunto.
Caso trate-se de um encalhe em massa, é fundamental organizar uma equipe de voluntários. A integridade do grupo pode ser importante para a sobrevivência e libertação.
O que não fazer:
1. Nunca permanecer perto da cabeça e da nadadeira caudal
2. Não puxar o animal pela cabeça, nadadeiras peitorais e nadadeira caudal
3. Não cobrir o orifício respiratório
4. Não deixe entrar água e areia no orifício respiratório
5. Não aplicar protetores ou bloqueadores solares na pele do animal
6. Não tocar no animal mais do que seja necessário